sábado, 18 de setembro de 2010

Santa Teresa de Jesus, menina a caminho do martírio

"Este painel mostra-nos Santa Teresa, de bastão numa mão e um cesto com farnel no braço, e um dos seus irmãos, dois anos mais novo do que ela, encontrados por  um tio (o cavaleiro) quando intentavam a fuga de Ávila para irem a terra de mouros a fim de padecerem o martírio. Santa Teresa e este seu irmão eram muito dados à oração e meditação. Impressionava-os particularmente a eternidade quer da condenção (Inferno) quer da salvação, isto é, da Glória (o Céu). Meditando na felicidade da Bem-aventurança eterna repetiam muito devagar: para sempre, para sempre, para sempre. E a Santa Teresa afigurava-se-lhe que os tormentos, suplícios e morte dos mártires eram um baixo preço, um custo muito pequeno, para adquirir  a Glória eterna junto a Deus. Por isso persuadiu o irmão a segui-la. Levariam um farnel e quando este terminasse iriam mendigando pelo caminho até chegarem a terra de infiéis que matando-os lhe abrissem as portas do Céu." Frei Nuno Allen

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O Santíssimo Sacramento da Eucaristia

"Este painel representa Jesus Cristo inteiramente presente na aparência de pão, numa custódia. É o Mistério ou Sacramento da Eucaristia. Jesus está verdadeira e realmente presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, sob as espécies da Hóstia consagrada. O Bem-aventurado Francisco, pastorzinho de Fátima, chamava-Lhe o Jesus escondido. Junto a Ele passava longo tempo em meditação e oração para O consolar. Quanto mais os pecadores O ofendiam mais Francisco O amava para compensar os agravos  e indiferenças dos pecadores. A pedra sob o painel ilustra uma oração tipicamente franciscana que se reza, ainda hoje, na generalidade dos conventos dos Irmãos Menores, fundados por S. Francisco de Assis. Abaixo transcreve-se , quase na sua totalidade uma oração de S. Boaventura ao Sacramento da Eucaristia." Frei Nuno Allen
" ... Dai à minha alma fome de Vós, Pão dos Anjos, Alimento das almas santas, nosso pão quotidiano, supersubstancial, no qual se encontram todas as doçuras, todos os sabores, todas as suavidades que deleitam.

Ó Pão que os Anjos desejam contemplar, coma-Vos esta alma tão cheia de fome de Vós; que o mais profundo dela se encha da doçura de Vos saborear; arda sempre na sede de se ir dessedentar nesta fonte de vida, de sabedoria, de ciência, de luz que jamais se apaga, na torrente das delícias que enche a casa de Deus.

Seja assídua em procurar-Vos, encontre-Vos, tenda para Vós, chegue até Vós; pense em Vós, fale conVosco, proceda sempre +ara louvor e glorificação do Vosso nome, com humildade e discrição, com alegria e amor, com facilidade e afecto, com perseverança que dure até ao fim.

Sede continuamente a minha única esperança, toda a minha confiança, a minha riqueza, o meu prazer, a minha alegria, o meu descanso, a minha tranquilidade, a minha paz, a minha suavidade, o meu aroma, o meu encanto, o meu alimento, a minha comida, o meu refúgio, o meu auxílio, a minha sabedoria, a minha parte da herança, o meu bem possuído, o meu tesouro, em que esta alma e este coração se enraízem para sempre, de um modo firm e imutável. Amen." (S. Boaventura)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Sete espadas numa só espada - Nossa Senhora das Dores

"Nesta Imagem de Nossa Senhora das Dores vemos que sete espadas lhe ferem o coração para significar as sete dores que a trespassaram. Estaremos recordados que quando a Virgem Maria e S. José vão com o Menino Jesus ao Templo para o apresentarem ao Senhor, Simeão profetiza que Jesus será sinal de contradição e que uma espada atravessará a alma de Sua Mãe. Referia-se o Santo varão principalmente à Paixão e morte de Jesus mas também áquilo que de algum modo a antecipou. Assim,  a primeira dor da Virgem foi ver seu Filho derramar o Seu precioso Sangue na circuncisão, como anticipação do que derramaria copiosamente na Sua Paixão; a segunda, foi a aflição do desterro na fuga para o Egipto para evitar que Seu Filho fosse assassinado às mãos do cruel rei Herodes - neste mistério o Egipto que tinha escravizado o povo judeu é redimido agora por abrigar o próprio Deus feito Homem; a terceira é a perda, durante três dias, como mais tarde na morte de Cristo, do Seu Filho que veio depois a encontrar no Templo; a quarta, é a cruz que Lhe colocam às costas para que a carregue para o Calvário; a quinta, é a Sua crucifixão na Cruz; a sexta a Sua morte; e a sétima, a Sua descida da crus para o regaço de Sua Mãe Santíssima. Todas estas dores ou, se quisermos, toda esta dor continuada foi uma participação cooperante nos sofrimentos Redentores de Seu Divino Filho." Frei Nuno Allen

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Exaltação da Santa Cruz


"Verdadeiramente grande e preciosa realidade é a santa Cruz! Grande, porque é a origem de bens inumeráveis, tanto mais excelentes quanto maior é o mérito que lhes advém dos milagres e dos sofrimentos de Cristo. Preciosa, porque a Cruz é simultaneamente o patíbulo e o troféu de Deus: o patíbulo, porque nela sofreu a morte voluntariamente; e o troféu, porque nela foi mortalmente ferido o demónio, e com ele foi vencida a morte. E deste modo, destruídas as portas do inferno, a Cruz converteu-se em fonte de salvação para todo o mundo." Santo André de Creta