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| "Neste painel de azulejos vemos à esquerda, de joelhos, o Beato J. Duns Escoto em oração diante de uma imagema da Virgem Santa Maria pedindo a graça de a poder louvar condignamente. Ao centro vemos o mesmo Escoto disputando, do púlpito, com os grandes teólogos de então que não aceitavam ou não entendiam como era possível,a verdade de Fé sobre a concepção Imaculada da Virgem Maria. Por trás do Leão está uma legenda que diz "não prevaleceram contra ele". Encimando a legenda está um sol esplenderoso como símbolo da Glória de Cristo que mais rebrilha com o reconhecimento desta verdade revelada. Depois do texto um outro painel de azulejos mostra o triunfo da Imaculada. Apresenta-se sentada num coche guiado por Duns Escoto, com S. Boaventura e São Ivo de joelhos diante d? Ela. Os anjos dançam de alegria no Céu e os arcanjos a cavalo servem de guarda de honra precedendo a carruagem. Depois uma fila de Santos e Mestres franciscanos. As rainhas Santa Isabel de Portugal e Santa Isabel da Hungria, S. Luís, rei de França, Santo António de Lisboa, Alexandre de Halles, etc, etc. Convirá recordar que o Papa Pio IX ao proclamra o Dogma da Imaculada Conceição recorre às expressões do Bem-aventurado J. Duns Escoto." Frei Nuno Allen. Seguem-se algumas citaçõe de Papas sobre este teólogo insigne. |
O franciscano João Duns Escoto nasceu na Escócia no ano de 1265 e morreu na cidade de Colónia em 1308 e foi beatificado pelo Papa João Paulo II a 20 de Março de 1993.
Aquando da sua beatificação o Santo Padre declarou: "com ele (Duns Escoto), se pode oferecer certamente uma contribuição de grande valor ao estudo e à profundiddade do problema teológico, actualmente empobrecido e um tanto desencaminhado. Precisamos de ideias claras e essenciais que refresquem as tradições fundamentais e sejam espelho seguro onde se revejam. Para tanto a orientação teológica de de João Duns Escoto - já liberta das incrustações do passado - poderá servir de chamada e ponto de referência seguro:"
Tanto o Papa Paulo VI como o Papa João Paulo II defeniram-no como "cantor do Verbo Encarnado e do Primado de Cristo" e "defensor e paladino da Imaculada Conceição de Maria". Paulo VI apresenta-o como "arma poderosa contra a praga do ateísmo" adiantando que "do tesouro intelectual de J. Duns Escoto podemos extrair armas brilhantes para combater e afastar a nuvem negra do ateísmo que ofusca o nosso tempo"
Ao título com que era conhecido no seu tempo - Doutor Subtil - João Paulo II acrescenta-lhe o de "Doutor Mariano".
Torre da Fé - "A cidade (de Colónia) tem duas torres imponentes que se elevam até ao Céu como testemunho de fé. A igreja dos Frades Menores, tão antiga como a cidade, guarda duas torres espirituais da fé: o importante teólogo Duns Scoto e o grande apóstolo da doutrina social da Igreja Adolph Kolping. Duns Scoto, que tornou acessível o mistério da Imaculada Conceição de Maria e descreve a sua importância no plano da salvação divino. Esta igreja foi a primeira, a norte dos Alpes, a ser dedicada à Imaculdada." João Paulo II
Mestre do mais alto prestígio - «Mestre do mais alto prestígio (J. Duns Escoto) da Ordem Franciscana, que, com outros, ofereceram o seu contributo para a construção do templo da sabedoria cristã, ajudando assim os homens a adorarem o Pai em espírito e verdade». João Paulo II
Mestre de coerência entre a Fé e a razão - "Guiado pela Fé, temperado pela Caridade, iluminado pela Esperança, João Duns Scoto viveu em íntima união com Deus, que amava com sumo ardor, e honrou com particular devoção o mistério da Incarnação do Verbo, da Paixão de Cristo, da Eucaristia… e, verdadeiro teólogo de Maria, foi grande e afirmativa autoridade da Imaculada Conceição… Convicto de que a suma autoridade na Igreja pertencia ao Pontífice de Roma, não hesitou em abandonar a esplêndida carreira na Universidade para testemunhar a sua fidelidade ao Vigário de Cristo … ". Decreto de Beatificação
Teólogo insigne e sério - "João Duns Scoto como insigne teólogo, defensor da Imaculada Conceição». ... o meu pensamento "vai espontaneamente até ao grande João Duns Scoto, sério teólogo, (em quem se podem) encontrar aquelas respostas e orientações pastorais e espirituais que os homens do nosso tempo esperam". João Paulo II
Mestre de pensamento e de vida - "Na nossa época, ainda que rica de imensos recursos humanos, técnicos e científicos, mas na qual muitos perderam o sentido da fé e levam uma vida longe de Cristo e do seu Evangelho, o Beato Duns Escoto apresenta-se não só com a finura do seu engenho e a sua extraordinária capacidade de penetrar o mistério de Deus, mas também com a força persuasiva da sua santidade de vida, que o oferece, para a Igreja e para a toda a Humanidade, como Mestre de pensamento e de vida. A sua doutrina… edifica vigorosamente a Igreja, sustentando-a na sua urgente missão de nova evangelização dos povos da terra. Em particular, para os teólogos, os sacerdotes, os pastores de almas, os religiosos e, de modo especial, para os Franciscanos, o Beato Duns Scoto constitui um exemplo de fidelidade à verdade revelada, de fecunda acção sacerdotal, de sério diálogo na procura da unidade (e da verdade)." João Paulo II
Mestre do primado de Cristo - "É bem notada, na filosofia e teologia católica, a figura do Beato João Duns Scoto, que o meu predecessor, o Papa Paulo VI, na Carta Apostólica Alma Parens de 14 de Julho de 1966, definiu como “o aperfeiçoador” de São Boaventura, “o representante mais qualificado” da Escola Franciscana… Duns Scoto, com a sua esplêndida doutrina sobre o primado de Cristo, sobre a Imaculada Conceição, sobre o valor primeiro da Revelação e do Magistério da Igreja, sobre a autoridade do Papa, sobre a possibilidade da razão humana aceder, ao menos em parte, à grande verdade da Fé, de demonstrar a não contrariedade, permanecendo ainda hoje um pilar da teologia católica, um Mestre original e rico de rebentos e postulações para uma consciência sempre mais completa da verdade da Fé." João Paulo II
Se quiser aprofundar leia a catequese do Papa Bento XVI sobre Duns Escoto aqui
Pode também consultar a tese on line:
A vontade salvífica e predestinante de Deus e a questão do cristocentrismo ... Por Domingos Barbosa Filho
